Queridos amigos, queria aqui falar sobre a vaidade do homem. sobre a minha própria vaidade de pedir a Deus mais do que preciso para o meu sustento e as coisas temporais que enfraquece o espírito, pois o erro do homem está, também, em por em suas orações os desejos sobre os bens matérias, os quais não entrarão no reino dos céus e não gozaremos deles na vida eterna. Esquecemos, por vezes, de colocar em nossas súplicas que Deus interceda por nossas almas e nos desvencilhe dos sentidos que nos aproximam do pecado: "Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." (II Coríntios 4, 18).
O pai nos ensina a pedirmos o pão de cada dia. De cada dia para que nunca nos falte asriquezas terrenas e ainda para que não comamos, em excesso, do pão (bens) fora do tempo. Evitar, devemos,  a avidez dos bens terrenos, pois há muitos que não se contentam com aquilo que tem e com voracidade desejam ainda mais. Há homens que morrem par causa de suas riquezas.   Senhor, não me deis nem a Pobreza nem a riqueza: dai-me somente o que for necessário para viver, dizem os Provérbios (30, 8).
Assim, além de nos preocuparmos com os bem espirituais devemos também vigiar os nossos proventos terrenos para que tudo que possuirmos na terra nos seja dado em perfeição nos céus. Se enchermos nossos espíritos de riquezas temporais, que espaço teremos em nossas almas para que o Espírito Santo haja sobre nós?
O desejo moderado sobre os bens temporais devem sempre ser deixados abaixo das confissões de amor para com nossos semelhantes e essencialmente para com Deus. Se esquecermos de nós mesmo e, por piedade e compaixão, ajudarmos nossos semelhantes, estaremos mais próximos de Deus, pois Cristo usou da mais perfeita compaixão para com os homens: "Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias." (Lm 3, 32).
Devemos, portanto, pedir a Deus que nossas riquezas nos sejam úteis e que elas não permaneçam conosco apenas na Terra, mas que, através de nossas obras e por intermédio de nossas riquezas materiais, tiraremos também a palavra do Senhor, pois está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que vem da boca de Deus (Mt, 4,4), quanto mais bens pedirmos ao nosso espírito mais conformes seremos com nossas riquezas e nos afastaremos das palavras de Jó: o pão, em suas entranhas, se converterá em fel de áspides. Vomitará as riquezas que devorou e Deus lhas fará sair das entranhas (Jó 20, 14-15)


Jefferson Santos

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